O sonho do poder ajudar vidas

18/10/2012 10:56

Sul Fluminense

O médico é considerado um dos profissionais mais importantes em nossa sociedade. Sua função está diretamente ligada à manutenção e restauração da saúde. O profissional utiliza o conhecimento específico, técnicas e abordagens que lhe permitem promover a saúde e o bem-estar físico, mental e social dos pacientes.

O dia 18 de outubro é considerado o Dia do Médico em muitos países, como Brasil, Portugal, França, Espanha, Itália, Bélgica, Polônia, Inglaterra, Argentina, Canadá e Estados Unidos. Esta data foi escolhida por ser, pela fé católica, o dia consagrado a Lucas - o "amado médico", segundo o apóstolo Paulo.

Jovens de todo o mundo sonham com esta profissão desde muito novos, e outros adquirem mais tarde o desejo de trabalhar em prol da vida, muitas vezes por amor à causa. O caminho até a realização profissional, porém, é árduo, e começa na preparação para o temido vestibular.

Para a estudante Paola Pimentel, não existe outra carreira a seguir. Desde os primeiros passos, acompanhando o pai geriatra ao trabalho, ela soube que queria ser médica.

- O que me motivou foi, desde sempre, ver meu pai, que é geriatra, atendendo as pessoas. Tive muita influência dele e sempre gostei de ficar no hospital em sua companhia. Espero poder dar assistência às pessoas que precisam e salvar muitas vidas. E um dia, quem sabe, fazer parte do programa Médicos Sem Fronteiras, que é o meu sonho. E eu acho que, como médica, posso fazer a diferença - contou Paola, entusiasmada com o vestibular que se aproxima.

Esforço

Já para a estudante de Medicina Fabiana Pierre a escolha não foi tão simples. Ela contou que se apaixonou pela profissão ao fazer um curso similar: depois de um ano cursando Enfermagem na Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), ela decidiu trancar a matrícula e se dedicar ao cursinho pré-vestibular, objetivando a aprovação em Medicina em uma faculdade pública. Depois de um ano e meio de noites em claro e uma total dedicação ao vestibular, Fabiana desistiu das universidades federais e hoje, com o auxílio da família, faz o curso dos sonhos em uma faculdade privada em Petrópolis.

- Meus pais já estavam preocupados comigo e não queriam mais que eu ficasse tentando passar, porque eu já estava doente. Mas eles não tinham condição de pagar, então eu precisava conseguir entrar em uma federal. Meu pai, então, conseguiu um empréstimo para que eu pudesse começar a faculdade lá em Petrópolis, e agora todos da família ajudam um pouco para que a gente consiga pagar - narrou Fabiana.

Apesar de ter sonhado em ser médico desde muito cedo, o universitário Osmar Rodriguez contou que, devido aos inúmeros problemas de saúde de sua mãe durante a infância, ele teve dúvidas com relação à profissão.

- Hoje eu curto muito meu curso. Há problemas, matérias difíceis, a vida pessoal quase inexistente, porque a vida na medicina é complicada. Exige dedicação e, quando se tenta levar a vida social junto, torna-se algo muito difícil. Agora eu só quero mesmo me formar, porque o futuro ainda é incerto. A carreira não é mais sólida como era há uns 20 anos atrás - explicou Osmar. - Após me formar, quero garantir uma estabilidade financeira, sucesso profissional, essas coisas que todo estudante espera. Mas eu adoro aquele contato com o paciente e com o povo.

O pequeno Romeu Carvalho, de oito anos, é filho e neto de médicos, e conta que espera seguir os passos da família e se tornar cirurgião.

- Meu pai, minha mãe e meus avós estudaram muito para ajudarem as pessoas. Eu quero ser igual a eles e salvar um monte de gente. Vou ser médico porque é o emprego mais bonito do mundo.