Dnit não desliga todos os pardais da Rio-Santos

Angra dos Reis

A ordem judicial para desligar os 44 radares eletrônicos da Rodovia Rio-Santos, no trecho entre Mangaratiba e Paraty, não foi totalmente cumprida pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Apenas alguns aparelhos foram paralizados. O órgão informou que cobriu com plásticos pretos somente os pardais que estavam fora de uso, por não terem fiação elétrica instalada, sinalização implantada ou aferição do Inmetro. Os outros radares estão em uso, monitorando a velocidade, de acordo com o Departamento.

A ordem para desligamento dos radares surgiu do Ministério Público Federal (MPF), que deu parecer favorável à Ação Civil Pública impetrada por usuários da Rodovia Rio-Santos que denunciavam a instalação indiscriminada de 44 radares eletrônicos entre Santa Cruz, no Rio de Janeiro, e Paraty. Em pelo menos sete trechos, alguns deles em curva, os radares estão limitando a velocidade em 40 km/h, provocando protestos dos usuários.

Além de exigir que os equipamentos sejam desligados, a decisão orientou ainda que a sinalização passe por adequações e que passarelas para pedestres sejam construídas.

A ação foi impetrada em nome de síndicos de condomínios, empresários da rede hoteleira e moradores de Angra dos Reis e Paraty. No parecer do MPF, o procurador Ricardo Martins Batista pede a concessão da liminar para que os pardais sejam desligados até que o Dnit comprove tecnicamente que eles são necessários para a redução de acidentes.

O advogado que representa os populares da Costa Verde, André Gomes Pereira, afirmou que vai exigir que o departamento seja multado, caso não desligue todos os equipamentos até o próximo domingo.

- Já estou ciente de que alguns radares não foram cobertos como determina a decisão, e, se até o dia 20 de maio todos os radares não estiverem devidamente cobertos, informarei o descumprimento parcial da decisão e solicitarei a aplicação de multa - afirmou o advogado.