Saiba como aplicar em fundos de investimento

17/07/2011 15:06

Se você tem dúvidas simples sobre finanças, saiba que não está sozinho. Para entender um pouco mais o vaivém do mercado, o pinheiral em foco organizou algumas perguntas e respostas básicas sobre o assunto.

Como funcionam os fundos de investimento?

Os fundos de investimento são uma espécie de condomínio de investidores, que aplicam seus recursos em uma cesta de ativos. Esses ativos podem ser de naturezas diferentes, como ações, títulos do governo ou CDBs. A rentabilidade a ser dividida entre os investidores vai refletir o desempenho em conjunto dos ativos que fazem parte do fundo.

O CDB é um fundo de investimento?

Não. Trata-se de um Certificado de Depósito Bancário, um papel emitido pelos bancos, com prazo de vencimento e remuneração. Esta remuneração pode ser prefixada (quando o comprador sabe exatamente quanto ganhará) um pós-fixada (quando a rentabilidade acompanha a oscilação do juro). Se resgatado antes do prazo combinado, há deságio. O risco é o do banco que emitiu o CDB. Ou seja, se o banco tiver problemas, o CDB pode não ser honrado. O CDB costuma integrar as carteiras dos fundos de investimento oferecidos pelos bancos.

Qual a diferença entre os fundos DI e Renda Fixa que os bancos oferecem?

Ambos aplicam em títulos públicos (emitidos pelo governo). Os fundos em Depósito Interfinanceiro (DI) são de juros pós-fixados. Ou seja, se a taxa básica de juros (Selic) sobe, o rendimento desses fundos também sobe e vice-versa. Já os fundos de Renda Fixa aplicam em títulos prefixados, cuja taxa de rentabilidade já é conhecida e não será alterada. Com isso, é vantajoso buscar títulos DI quando os juros do país estão em alta. Quando os juros estão em queda, os fundos de Renda Fixa geralmente rendem mais.

Os bancos têm uma série de fundos com nomes esquisitos, como Advance, Grand Prix etc. O que são eles?

Os nomes dos fundos em geral são alusões ao perfil dos fundos oferecidos. Eles podem indicar que a carteira do fundo é conservadora, moderada, arrojada ou agressiva. Não é possível escolher um fundo apenas pelo nome. É preciso saber quais os ativos da carteira, qual a meta do investimento, o grau de risco e quais as taxas de administração cobradas. Para investir nestes fundos, é preciso não olhar o que este fundo já rendeu. Não há nenhuma garantia de que eles continuarão a render bons lucros. Por isso, é preciso confiar no gestor e buscar informações sobre onde o dinheiro será aplicado.

Como funciona a cobrança de Imposto de Renda sobre os fundos de investimento?

Há dois tipos: a) fundos de Investimento Curto Prazo e Longo Prazo

b) fundos de Investimento em Ações Longo Prazo - aplicações em títulos com prazo superior a 365 dias, no resgate o cliente pagará a seguinte alíquota:

i. Até 180 dias - 22,5%

ii. De 180 a 360 - 20%

iii. De 361 a 720 - 17,5%

iv. Mais de 720 dias - 15%

b) Curto Prazo - aplicações com carteira de títulos com prazo media igual ou inferior a 365 dias, no resgate o cliente pagará a seguinte alíquota:

i. Até 180 dias - 22,5%

ii. Acima de 180 dias - 20%

Fundos de Investimento em Ações - com carteira no mínimo 67% em ações - alíquota para tributação dos rendimentos obtidos nos fundos de ações é de 15%, sendo tributada apenas no momento de resgate, independente do prazo de permanência na aplicação.